Descubra Cuba: Ritmos Caribenhos e Cultura

A chegada

“É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.” José Saramago

As primeiras horas, em Cuba, começam como quem tenta ligar um carro num dia de muito gelo! A princípio o carro nem sequer dá sinal, só grunhidos, mas se insistirmos e a bateria não morrer o motor eventualmente pega! Depois, a viatura vai aquecendo e, gradualmente, a condução torna-se mais suave. Foi também assim que começou esta aventura na ilha… estava tudo embaciado e empatado! Em relação às horas, se o ponto de partida for o meridiano de Greenwich, em Cuba são menos 5 fusos horários e em relação aos serviços públicos são menos 30 anos, no mínimo! As malas tardam em aparecer, a fila, na casa de câmbio, não anda e os mundialmente conhecidos empreendedores do turismo, isto é, enganadores profissionais de gringos, começam a montar o cerco! Uns dez perguntam, em uníssono: “los amigos necesitan ayuda”. O aeroporto tem enxames deles – facilitadores ou jineteros, como são chamados aqui. Homens, são sempre homens, super solícitos que apresentam um impressionante arsenal de artimanhas com o único intuito de nos separar da carteira ! Nós só temos 2 mochilas pequenas e, por isso, os pérfidos foram, educadamente, ignorados. Assim que trocamos algum dinheiro, negociamos o transporte do aeroporto para Matanzas e,  contra todas as expectativas, acabamos por conseguir dois lugares vagos no mini-autocarro duma empresa que transfere turistas para Varadero!

Matanzas

Quatro horas depois, estávamos a tomar o nosso primeiro café cubano em Matanzas . Antes da revolução, Matanzas era o berço para muitos artistas, escritores, músicos e intelectuais, por isso, era até chamada – a Atenas de Cuba. Mas hoje, a mim, na primeira impressão, parece-se mais com Pompeia!

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