Aventura e Espiritualidade na Indonésia: do fogo no monte bromo à água em Komodo
Descubra a Indonésia, um destino incrível onde aventura, espiritualidade e autenticidade se encontram. Explore o majestoso Monte Bromo, as florestas tropicais de Sumatra, e as praias paradisíacas de Bali e Komodo. Uma viagem repleta de paisagens deslumbrantes e culturas vibrantes espera por ti!
ASIA
Daniel Ribas
8/23/20182 min ler
Ijen
Descemos do autocarro na pacata cidade de Bondowoso. A nossa visita tinha dois motivos: visitar o Ijen e descansar. Queríamos acelerar sozinhos, montanha a cima, até ao dramático vulcão Ijen. Mas, cedo percebemos, que trazíamos, os dois, demasiado otimismo. Percorremos a cidade, do amanhecer ao anoitecer, mas sem sucesso – ninguém aluga motas. À noite, estávamos extenuados e sem soluções.
Tudo ao nada
Depois do jantar, saí à rua decidido a jogar a vida e a fortuna numa única cartada. Interpelei um motociclista quixotesco que me diz, languidamente: – sobe, conheço uma pessoa que talvez te possa ajudar. Começo a duvidar da minha sensatez assim que arrancamos. A condução dele é medonha, passa o tempo a buzinar e a difamar as mães dos outros condutores! As minhas emoções nem sempre estão alinhadas com a lógica e, nesta situação, o impulso desalojou perigosamente a razão. A certo ponto, numa toca esconsa, sempre cheia de barulhos, brigas verbais e correrias – surgem vários indivíduos, acercam-se da mota e dão logo ali, no meio da estrada, início às negociações. A mim, parece-me uma emboscada! Conversam em Javanês e num tom agressivo! Vêm-me à memória cenas de alguns filmes do Van Damme gravados na Ásia. No meio do motim, havia um que falava em bicos de pés e por cima dos outros, como se intelectualmente fosse a faca mais afiada do faqueiro, outro, vestia uma t-shirt de corte cavado a mostrar que passava tempo no ginásio (no entanto, esteroides também podiam estar envolvidos), não dizia nada, mas fazia-me cara feia. Subitamente, o mais falador, vira-se para mim e, num tom agudo, atira: – são 500.000 rupias mais o teu passaporte como garantia. – Não, respondi, com a sensação de ter a corda em volta do pescoço. A proposta foi tão absurda que encerrei as negociações sem as ter iniciado. Rodei nos calcanhares e zarpei dali sem sequer marralhar – obteria o mesmo resultado se falasse com uma parede. Talvez tenha visto demasiados episódios da série “Locked up Abroad“, mas conduzir sem documentos no estrangeiro é um “NÃO” com letras capitais.
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